Desempenho horrível do Atlético na derrota para o Tolima no Mineirão. Baixíssima qualidade em todos os sentidos: faltou eletricidade, qualidade, criatividade; apagão coletivo e individual; pecados ofensivos e defensivos. E, na boa: putz, que cotejo chato!
Ter mais posse e onipresença no campo adversário não significa necessariamente se impor. Esta suposta vantagem ocorre frequentemente quase como um automatismo natural de uma das equipes assumir um papel de “chamar” o oponente, de “dar a bola” para ele. O Galo trocou muitos passes no campo dos colombianos. Ainda assim, provou-se inoperante, não pressionava, não colecionava chances de gol – muito longe disso. O famoso teve a bola e não soube o que fazer com ela…
O citado problema na fase ofensiva, em termos análogos, já deu as caras – olhando de esguelha, hesitante… –, nesta temporada, inclusive em duelos que o alvinegro de Minas venceu. Estamos diante um padrão? Para um julgamento peremptório cabe esperar; atenção, contudo, nesta característica que ameaça a me intrigar…
Aquela centelha de brilho na intermediária inimiga, certa fagulha do todo, determinada vivacidade para envolver minimamente: o Galo não teve nada disto e, apesar dos dois gols sofridos, aí estão defeitos que me incomodaram ainda mais do que as falhas na marcação. Quanta morosidade para tentar – e não conseguir – agredir, meu Deus… Nenhum poder entre as peças para se associarem, nenhuma “conversa” entre meias e atacantes.
Feito o exposto, não posso deixar de salientar a ausência de competitividade e organização também para combater, destruir. A famosa “pressão pós-perda”? Zero. “Ah, mas foi eficaz baixando as linhas, ao menos fazendo o básico recompondo para neutralizar os contra-ataques?” Também não.
Enfim… Nesta quarta, dificuldades de todas as ordens. Resta aguardar para saber até que ponto o cenário de “poder perder” condicionou tamanha nulidade de inspiração.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.