Blog do Cadu Doné

Galo, Palmeiras, Flamengo… E aí?

  • por em 5 de abril de 2022

Torcida ensandecida com a virada que parecia improvável e trouxe mais um troféu para a larga coleção de Abel Ferreira (Créditos: Lúcio Ribeiro/ Popload)

Osmose. Inércia. Automatismo. Nos tornamos, com razão, de fato – papagaios (nenhuma alusão ao histórico alviverde). O Trio Parada Dura com certeza tem feito jus à esta espécie de descolamento que carrega com relação aos outros concorrentes da Série A. Mas será que o contexto mudou? Que a trinca segue soberba por motivos similares, pelas mesmas valências?

Outrora, Flamengo e Galo mantinham a aura de exibir os craques – os paulistas tinham excelente esquadrão, mas faltava a qualidade de drible, um “’Q” de capacidade para improvisar. O esteio do Porco já desfilava com sua genialidade – será que a frase ficou estranha? – mesmo com nossa imprensa hoje tomada pelo resultadismo, e pelo espírito nietzschiano; facilmente encontrando, atrasadíssima, o Messias que lá já estava – e com quem implicava sem fundamentação intelectual.

Detalhe: vejamos; o Galo segue nadando em marés calmas; o Flamengo, permanece com o principal elenco (só na teoria), mas atravessa momento estranho e não anda jogando quase nada.

O Palmeiras? Com o Mister voando, Weverton comandando a “defesa que ninguém passa”, Gustavo Gómez na função de um general cascudo, habilidoso; Danilo engolindo o meio-campo, Dudu, meu Deus, (quebrando linhas), e Raphael Veiga aliando inteligência com poder de decisão. Perguntas. O Palmeiras tem o melhor técnico do Brasil? Sim. Mas baseia seus méritos, digamos, exageradamente, no seu mister, na tática? Não.

Ele gosta de Dry Cleaning, The War on Drugs, Tunstile, Fontains D.C., Parquet Courts, Idles, e, por incrível que pareça, prefere o Palmeiras a todos eles. (Crédito/ Lúcio Ribeiro, Popload)

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Portal UAI.

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