Curioso. O futebol… Quebrando estereótipos: a boa fase do Cruzeiro vinha sendo associada acima de tudo ao brilhante trabalho de Pezzolano, à sensacional maneira com a qual a torcida abraçou o time, e à revigorada de ânimo advinda em todos os âmbitos com a chegada de Ronaldo ao comando. Nesta equação, a qualidade do elenco propriamente dita ficava de fora dos aspectos tidos como determinantes para o sucesso. Comum era dizer, inclusive, que a Raposa não gozava de atacantes e homens de ligação talentosos.
Não serei profeta do acontecido, e me colocarei no rol das pessoas que ainda tendem a sustentar as teses acima expostas. Porém, num destes aparentes – ou reais – paradoxos que a vida permite, que o futebol adora, pensemos no voleio inspirado de Edu diante do CRB; na condução de bola seguida de uma conclusão certeira, um “combo” no qual Rafael Silva exalou habilidade também na última rodada; no toque sutil de Willian Oliveira por cobertura que assegurou o triunfo frente ao Náutico, com refinamento em que nenhum artilheiro colocaria defeito; no salvador petardo de Jajá que garantiu a vitória contra o Criciúma no apagar das luzes… Sim, os méritos azuis seguem, acima de tudo, ancorados no conjunto azeitado edificado pelo seu jovem e competente treinador. Talvez esteja na hora de distribuirmos de forma mais harmoniosa as virtudes do todo, entretanto, para peças pouco badaladas de um plantel, em diversos sentidos, modesto.
E o que falar da defesa do Galo? Godín chegou dividindo os corações. Os mais antenados não se empolgaram em função da fraca passagem do uruguaio pelo Cagliari. Outros, ainda com o imaginário colado na brilhante carreira de um defensor que chegou a ser um dos melhores do planeta em Madrid, comemoraram efusivamente. A amostra do ex-pupilo de Simeone com o manto alvinegro não foi legal. O desespero bateu. Mas eis que o excelente Junior Alonso volta…
A bola prega peças… Zaga e volantes do ano passado escalados, e escrete todo esburacado na derrota para o Tolima. Pior: conceder cinco gols ao Fluminense, de novo, com a citada turma toda em campo. Quando notamos latifúndios escancarados na fase defensiva, não restam dúvidas: o problema é coletivo.
Natural a preocupação do torcedor celeste com a saída de Paulo Pezzolano. No ano passado,…
Depois de um primeiro tempo um tanto insípido, o Galo cresceu na segunda etapa, jogou…
O Galo fez um bom jogo contra o Millonarios na Colômbia. Não foi brilhante, mas…