Na sexta, Jajá e Jimmy Butler espantaram nosso tédio. O cruzeirense anotou um golaço no apagar das luzes que, além da contribuição estética, deu a um jogo arrastado, modorrento, ares de emoção. O armador do Heat, por sua vez, nos premiou com atuação indescritível, épica, salvando a franquia de Miami da eliminação e servindo qual protagonista absoluto no único duelo da série, até aquele instante, que nos prendeu pelo equilíbrio – os confrontos anteriores ficaram marcados pelas largas vantagens que uma equipe abria sobre a outra, pelas diminutas trocas de liderança em cada um dos embates (algo raro em finais de conferência entre dois conjuntos tão qualificados).
Já no sábado, o dia teve um dono. Vá lá: racionalmente, claro que Courtois foi o melhor em campo. Mas já que o nome, o apelido dele não têm nada que começa com “J”, falemos apenas do outro destaque. Vinícius Júnior coroou sua temporada de afirmação com um toque que, de quebra, o posicionou definitivamente na história Merengue.
Givanildo, nosso querido Hulk, obviamente faz jus à ligeira licença poética para nesta singela coluna estar. Que golaço! E, de novo, em momento utilíssimo, empatando uma partida que se desenrolava encardida. Sobretudo pelo segundo tempo, o Galo mereceu o triunfo.
O final de semana acabou com a beleza dos movimentos de um bailarino – mais um apelido certeiro que Rômulo Mendonça, o melhor narrador do Brasil, tirou do seu arsenal de boas sacadas: Jayson Tatum, o dançarino que renova o orgulho Celta abocanhou o prêmio de MVP das finais do Leste por pavimentar – é verdade, com auxílio fundamental de um competente elenco de apoio – o caminho do Boston rumo à decisão contra o Golden State.
E o Jimmy, no jogo sete? Que história, que imagem: o registro da semana ao lado do gol de Vini… 48 minutos em quadra. Nova performance superlativa. Mas no lance derradeiro… A escolha pela bola de três quando o garrafão, escancarado, era um convite ao prazer – Rômulo! –, a certeza do empate. Objetivamente: ele errou na “tomada de decisão” – expressão da moda na cobertura do futebol e que aqui, aí sim, cabe perfeitamente. Restam, no entanto, camadas de sentimentos: há beleza, uma pontinha de charme na confiança quase imensurável que o armador esbanjava nos playoffs e, bem possivelmente, motivou o chute um tanto irresponsável? A crença em si mesmo escorregou ali para o egocentrismo e a vontade de ser herói? O escancarado cansaço interferiu na eleição da jogada? Coragem, soberba, exaustão? Todas estas possibilidades juntas e mais um pouco? Nem Jimmy Butler sabe…
Natural a preocupação do torcedor celeste com a saída de Paulo Pezzolano. No ano passado,…
Depois de um primeiro tempo um tanto insípido, o Galo cresceu na segunda etapa, jogou…
O Galo fez um bom jogo contra o Millonarios na Colômbia. Não foi brilhante, mas…