Existem os golaços oriundos do puro talento individual. Temos as pinturas que não impressionam tanto pela genialidade de um craque, e sim por exalar indelével harmonia entre as peças. O tento que deu a vitória do Cruzeiro sobre o Náutico encantou por tudo: troca de passes exemplar, sintomática para ilustrar a capacidade de Pezzolano para armar, potencializar um conjunto longe de primar pela riqueza técnica de seus integrantes; acabamento lindo de Willian Oliveira ao tocar por cima do goleiro.
O artilheiro solitário da partida deste domingo vinha sendo elogiado por uma série de valências, pela completude do seu jogo. Consistente, regular, eficiente para preencher o meio-campo e destruir, mas dono de aptidão para contribuir com clarividência na fase ofensiva. Balançar as redes com tanto brilho, num lance que esparge refinamento, pode revelar-se importante no sentido de aguçar, aumentar a desenvoltura de Willian Oliveira no auxílio ao ataque, criando, chutando; a confiança, o mental, a automatização são elementos muito mais fundamentais no futebol do que se imagina, e para estes quesitos estarem na ponta dos cascos, às vezes a materialização, a confirmação em uma jogada, um cotejo, surge como divisor de águas para solidificar o que já ameaçava a se consolidar… Papai amanhã, craque do duelo de hoje. Parabéns duplamente, Willian!
Sem ser engenheiro de obra pronta: confesso que tenho dúvidas se Pezzolano acertou ao poupar em Pernambuco – entre outras coisas, por não ter compromisso no meio de semana. Independentemente disso, o triunfo que deixou o Cruzeiro na liderança marcou-se qual novo episódio de uma trama que tem sido de nítido sucesso: escalações e sistemas (com três zagueiros ou não, por exemplo) não são pontos principais para notarmos o sucesso do jovem uruguaio no gigante azul; compactação, organização, movimentar-se em blocos como quem sabe o que está fazendo… Estas sutilezas são, no fundo, os sinais primordiais para atestarmos o êxito da passagem de Pezzolano por Minas até aqui.
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