Osmose. Inércia. Automatismo. Nos tornamos, com razão, de fato – papagaios (nenhuma alusão ao histórico alviverde). O Trio Parada Dura com certeza tem feito jus à esta espécie de descolamento que carrega com relação aos outros concorrentes da Série A. Mas será que o contexto mudou? Que a trinca segue soberba por motivos similares, pelas mesmas valências?
Outrora, Flamengo e Galo mantinham a aura de exibir os craques – os paulistas tinham excelente esquadrão, mas faltava a qualidade de drible, um “’Q” de capacidade para improvisar. O esteio do Porco já desfilava com sua genialidade – será que a frase ficou estranha? – mesmo com nossa imprensa hoje tomada pelo resultadismo, e pelo espírito nietzschiano; facilmente encontrando, atrasadíssima, o Messias que lá já estava – e com quem implicava sem fundamentação intelectual.
Detalhe: vejamos; o Galo segue nadando em marés calmas; o Flamengo, permanece com o principal elenco (só na teoria), mas atravessa momento estranho e não anda jogando quase nada.
O Palmeiras? Com o Mister voando, Weverton comandando a “defesa que ninguém passa”, Gustavo Gómez na função de um general cascudo, habilidoso; Danilo engolindo o meio-campo, Dudu, meu Deus, (quebrando linhas), e Raphael Veiga aliando inteligência com poder de decisão. Perguntas. O Palmeiras tem o melhor técnico do Brasil? Sim. Mas baseia seus méritos, digamos, exageradamente, no seu mister, na tática? Não.
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